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O Retorno
Na manh de 2 de maio , Caspar de Lemos toma o rumo de Portugal, levando as
cartas do capito-mor Pedro lvares Cabral, de outros capites, do fsico Mestre
Joo e do escrivo -Pero Vaz de
Caminha, alm de amostras da vegetao local, toras de pau-brasil,
arco e flechas, enfeites indgenas e papagaios de cores berrantes. Neste mesmo
dia, o resto da esquadra retorna o caminho das ndias. Ficaram em terra os dois
degredados e dois grumetes que haviam fugido.

Onze dias depois de sair do Brasil, a frota de Cabral
atingida por violenta tempestade. Os vagalhes arremessam os barcos para o alto
e para os lados, como se fossem de brinquedos. As pressas, as velas so
recolhidas, os mastros seguros e o leme amarrados. Gritos cruzando o tombadilho,
os homens trabalham rpido, na nsia de sobreviver. preciso manter as naus
vazias de gua, impedir que o casco aderne com as ondas e o vento. Mas nem todos
conseguem. Naufraga um navio, depois outro. Esto prximos do cabo da Boa
Esperana, e mais uma nau afunda. Finalmente, to rpida quanto viera, a
tempestade desaparece. A frota perdera quatro embarcaes. Entre os mortos est
Bartolomeu Dias, que anos antes descobrira este lugar, agora seu tmulo .
Reduzida a sete navios, a esquadra aporta em Moambique, na costa oriental da
frica. Todas as naus esto ali, menos a de Digo Dias, que, navegando sozinha,
descobre uma ilha imensa, qual d o nome de So Loureno (hoje Madagascar).
Com apenas seis navios, Cabral prossegue at a ilha de Angediva. E, trs meses
aps deixar o Brasil, Cabral ancora em Calicute, onde no consegue , a
princpio, estabelecer relaes amistosas com a populao.
Depois de um ataque dos muulmanos, em que mais de trinta portugueses foram
mortos, Cabral tomou todas as embarcaes fundeadas no porto, confiscou-lhes a
carga e mandou incendi-las. E durante dois dias bombardeou a cidade, at obter
a rendio. Ento estabelece uma feitoria e celebra tratados de paz.
De Calicute, Cabral segue para Canamor, onde se abastece de gengibre e canela. E
l assina novos tratados de paz.
A 16 de janeiro de 1501, Cabral toma o caminho de volta. Na altura de Melinde,
mais uma nau afunda. Uma outra e mandada a Sofala, para exploraes. E,. com
apenas quatro naus Cabral aporta em Moambique, para fazer reparos em suas
embarcaes.
A esquadra se junta novamente na altura do cabo da Boa Esperana e segue viagem.
De um total de treze navios, o Tejo recebia de volta apenas seis caravelas. Sete
foram tragadas pelo mar.
Lisboa inteira festejou a chegada da frota e homenageou Cabral. Os portugueses
se alegravam porque aquele viagem era a consolidao do comrcio com o Oriente.
E isso era atestado pelo carregamento de especiarias, porcelanas e sedas trazido
pelas naus. Essa carga foi o suficiente para cobrir todas as despesas da viagem.
Comea para Portugal um perodo de grande riqueza. Dom Manuel j pode anunciar o
sucesso das viagens, pois, pelo tratado de Tordesilhas, as terras lhe pertenciam
por direi-to. Escreve aos reis da Espanha contando a viagem de Cabral, mas omite
propositadamente a extenso da terra descoberta e a rota utilizada por Cabral na
sua viagem s ndias.
O aumento do seu poder leva o soberano a adotar novos ttulos. Dom Manuel agora
"Rei de Portugal e dos Algarves, de Aqum e de Alm-mar em frica, Senhor da
Guin, da Conquista, Navegao e Comrcio da Etipia, Arbia, Prsia e ndia".
Na euforia do domnio das rotas indianas, objeto principal em cem anos de
navegaes, a descoberta do Brasil ava quase despercebida.
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