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HISTORIA DE VILA ASSUNO

Considerada a primeira praia balnearia da cidade, aos idos anos 40, era muito procurada pelos citadinos como rea de veraneio. Ao mesmo tempo que era fora do alcance do tumulto do centro urbano, no exigia uma longa viagem, o que permitia se aproveitar, desde um dia de sol e guas, at um belo fim de semana.

Sua mais importante avenida a Pereira os; esta radial no ava de um estreito caminho de o ao interior da chcara de Jos Joaquim Assuno. Primeiro proprietrio das terras daquelas bandas, cedeu seu nome, em princpio, chcara e, postumamente, ao bairro.

Esta chcara compreendia quase toda Ponta do Dionsio, sendo de mltiplas funes. Desde o comeo, se dedicava charqueada; depois, seu Assuno, montou l uma olaria, inicialmente puxada a burros, mas que mais tarde foi a primeira da cidade a ser movida a vapor; tinha um pouco de plantao e outro tanto de criao; e algumas pedreiras. Destas pedreiras saram as pedras que constituram o cais do porto de Porto Alegre.

A ligao da chcara com a urbe dava-se pelo vapor, que transportava os produtos l cultivados, para serem vendidos no mercado, prximo ao Mercado Pblico. Tambm servia de conduo da famlia e amigos, pois o o por terra era mais demorado, feito por carroas, e difcil, pois as estradas que ligavam aquela regio s demais, eram precrias e at inacabadas.

Mas as pedreiras foram que fizeram histria daquelas terras de l. Inicialmente, por elas fornecerem as pedras da construo do cais do porto, o municpio destinou quelas bandas, um trem, que tinha como objetivo principal “ de transportar mercadorias e pedras...” mas com esconder das vistas dos moradores da capital, aquelas paisagens; “... sempre arrastava um vago para ageiros. “

De forma no muito feliz, o proprietrio tentou instalar em suas terras, uma destilaria de lcool, mas que nunca chegou a finalizar a construo de suas instalaes. Isto porque Jos Assuno tinha um desentendimento com as autoridades, que devia-se pelas insistentes investidas dos governantes em suas terras. O projeto do governo era de transformar a pedreira da Ponta do Dionsio, onde hoje temos o Club Veleiros, em propriedade do Estado e, pior que isso, consideravam o local excelente para ser transformado em asseio pblico, local de despejos de dejetos.

Em 1918, o inquieto Jos Assuno, falece, diminuindo um pouco a guarda de suas terras aos tantos que a desejavam. Mas s em 1937, a viva, dona Felisbina, faz um acordo com uma empresa, a Di Primo Beck, que urbanizaria a regio, calando, canalizando a gua e puxando a luz, e lhe reservaria uma fatia deste loteamento, para seu uso, alm de parte dos lucros. Nasce o bairro Assuno.

Com melhor infra-estrutura, aberturas de vias de o e implantao do transporte pblico, o desenvolvimento do bairro vai de vento em popa. “ Lugar simptico, cheio de vivendas e bangals, na sua maioria rodeados de verdejantes jardins e sombrias rvores, a Vila Assuno um stio de descanso s portas da capital.”

Suas ruas so referencias aos primeiros moradores dessas terras, os tupi - guarani, alm de homenagear ilustres personagens da nossa histria. Hoje ainda ele um bairro pitoresco, de ares suaves e paisagens buclicas. Talvez por no ser encostado ao centro comercial de Porto Alegre, desenvolveu sua prpria vida, tendo no comrcio uma rea bastante promissora.

Historiadora Renata Ferreira Rios.