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Historia de Itaporanga Paraiba PB

A Ocupao dos Sertes

Como a maioria das cidades nordestinas, Misericrdia nasceu a beira de um rio, e em torno de uma capela. Antnio Vilela de Carvalho, um desbravador portugus, chegou a regio por volta de 1765, aps comprar aos D'vila, fidalgos da casa da Torre, representantes reias residentes na praia do Forte, na Bahia uma grande faixa de terra, onde construiu uma casa de morada e um curral para criao de gado, margem do Rio Pianc. Ali, anos depois, comeou uma pequena povoao que depois ou a ser conhecida por Misericrdia Velha, j que os primeiros habitantes do lugar atravessaram o rio e foram fixar-se na outra margem, onde construiram uma pequena Orada que consagraram a Nossa Senhora do Rosrio, a exemplo do que fizeram os moradores de Pianc e Pombal, as primeiraspovoaes e cidades do serto paraibano, que ainda conservam as velhas igrejas que tem essa denominao. Alis, o nome Misericrdia advm do fato de ter sido doada pela Santa Casa de Misericrdia de Portugal a pequena Imagem da Virgem que ainda hoje est na cidade de Itaporanga.

A ocupao dos sertes da Paraba foi confiada a famlia de Antnio de Oliveira Ledo que conquistou esse direito junto a Casa da Torre, smbolo maior dos garcias D'Avila, nobres portugueses donos de uma vasta Sesmaria que ia da Bahia at o Maranho. Na segunda metade do sculo VXII, pr volta de 1679, uma expedio, com 60 homens, partiu de Massacar, na Bahia, para explorar o interior paraibano. Chefiada pr Antnio de Oliveira Ledo, a comitiva era integrada ainda pr Pascsio de Oliveira Ledo, Theodsio de Oliveira Ledo, Francisco Pereira de Oliveira Ledo, Felipe Rodrigues (filho de Pascsio), e Antnio de Oliveira Ledo Neto(filho de Francisco Pereira). Eles seguiram pelas margens do Rio So Francisco at a altura de Santo Antnio da Glria, onde alcanaram o Rio Pajeu, e logo depois transpam a Serra da Baixa Verde, em Triunfo, Pernambuco, conseguindo finalmente ingressar no serto da Paraba.

Os exploradores chegaram at a confluncia dos Rios Pianc e Piranhas, onde hoje se localiza o municpio de Pombal, mas logo retornaram a Bahia, ficando pr aqui apenas Theodsio e seus homens que, pr trs anos, fizeram diversos incurses pela rea. Pr volta de 1682, o capito-mor dos Vales do Pianc e Piranhas, ttulo que lhe foi concedido pelas autoridades da Colnia, viaja para o cariri paraibano. Nesta ocasio acontece a revolta dos indgenas da regio sertaneja, movimento que ficou conhecido como Confederao dos ndios Cariris. Theodsio regressa ao serto, captura alguns ndios da tribo Arius e viaja para Salvador, Bahia, onde tem uma audincia com o governador Soares de Albuquerque, e faz um relato da situao e mostra a necessidade de repovoar o interior paraibano e iniciar a criao de gado em toda a rea, no que foi prontamente atendido, regressando ento para o Vale do Pianc frente de uma grande expedio e com muito gado.

Em 1730, j bastante velho e cansado, Theodsio deixa definitivamente os sertes de Pianc e Piranhas, indo fixar-se no cariri paraibano. Suas terras e o seu comando aram ento para as mos do comendador Gaspar D'Avila Pereira, que foi incumbido de limpar regio e, para tanto, teve que travar sangrentas batalhas com os ndios Cariris, principalmente os das tribos Pgas, Panatis e Coremas, sendo que a esta ltima comunidade pertencia o guerreiro Pianc (Terror na lngua nativa), cujo nome foi emprestado a regio, graas a sua bravura e o destemor com que enfrentava o inimigo. Segundo a maioria dos historiadores paraibanos, os antigos ocupantes das terras sertanejas foram praticamente dizimados pelos conquistadores, mas ofereceram brava resistncia presena dos colonizadores, grande parte deles vindos das terras banhadas pelo So Francisco, no territrio da Bahia, Alagoas e Pernambuco e que receberam grandes datas de terras e ttulos reais como recompensa pela conquista, ocupao e povoao do interior paraibano, desde os contrafortes da Borborema at o serto de Piranhas, ando pelo Vale do Pianc.

Incio da Povoao

A resistncia oferecida pelos homens primitivos da regio no durou muito tempo. Afinal os desbravadores eram mais adestrados, organizados e possuam armas de fogo, como bacamartes e espingardas, que causaram pesadas baixas ao inimigo. Partindo de Pombal alguns aventureiros fundaram algumas lguas acima, numa fazenda de gado do capito-mr Manoel de Arajo Carvalho, um lugarejo que deu origem ao municpio de Pianc.

Foi de Pombal e com autorizao de Gaspar D'vila que o sertanista Antnio Vilela de Carvalho ocupou as terras das margens esquerda do Rio Pianc,onde implantou o sitio Misericrdia, e construiu um curral, algumas casas de taipa e uma pousada para os viajantes e tropeiros, situao que perdurou por muitos anos.

Anos depois Joaquim Fonseca, tambm conhecido pr Joaquim Carnaba, Joo Madeiro, Alexandre Gomes da Silva e Padre loureno, moradores do sitio Misericrdia atravessaram o rio e na outra margem construram algumas casas. Trataram tambm de ocupar as terras em torno do pequeno lugarejo. Carnaba ficou com as terras que compreende a Vrzea do Saco e outras pores, Madeiro com o Cantinho, os Gomes com a Misericrdia Velha e padre Loureno tratou de negociar entre eles a demarcao de uma rea para a construo de uma capela dedicada a Virgem do Rosrio. O local o mesmo onde hoje se encontra a Igreja e foi escolhido pr Madeiro, que era muito religioso e desejava, segundo se conta, ver a Capela todo dia, logo cedinho, da janela da casa que construiu e onde morava, no alto onde foi construdo dezenas de anos depois o Colgio Diocesano "Dom Joo da Mata".

Escolhido o local para a Capela, de imediato foi erguida uma Cruz de Madeira, sentada em uma base de pedra, simbolizando o poder divino. A pequena igreja logo foi construda, um pouco atrs, e a maneira que os meses avam novas famlias chegavam ao pequeno povoado, agrupando-se nas ruas perifricas a Capela do Rosrio, tornando o lugarejo, em poucos anos, em vila bastante desenvolvida.

J com um bom comrcio e muitas moradias, Misericrdia prosperou e a sua excelente localizao a transformou num centro comercial que atendia aos habitantes de uma larga faixa de terras, e servia de pouso e agem obrigatria dos tropeiros que com suas mulas abasteciam os sertes de mercadorias que a terra no produzia, como tecidos, miudezas, calados, sendo que muitos deles gostaram tanto do lugar que aqui se fixaram, constituram famlia e fixaram para sempre.


A Emancipao Poltica

A vila ganhou a sua emancipao poltica, desligando-se de Pianc, no dia 11 de dezembro de 1863, atravs da Lei Provincial 104. A instalao oficial do municpio s aconteceu no dia 09 de janeiro de 1865, havendo em seguinda a designao dos seus primeiros dirigentes.

A cidade permaneceu por sessenta e trs anos com o seu nome de origem, mas em 1938 ou a chamar-se Itaporanga, que em tupi-guarani significa "Pedra Bonita", graas ao Decreto-Lei Estadual nmero 1164, de 15 de novembro, pr internevincia do interventor municipal Praxedes da Silva Pitanga.
vila ganhou a sua emancipao poltica, desligando-se de Pianc, no dia 11 de dezembro de 1863, atravs da Lei Provincial 104. A instalao oficial do municpio s aconteceu no dia 09 de janeiro de 1865, havendo em seguinda a designao dos seus primeiros dirigentes. A cidade permaneceu por sessenta e trs anos com o seu nome de origem, mas em 1938 ou a chamar-se Itaporanga, que em tupi-guarani significa "Pedra Bonita", graas ao Decreto-Lei Estadual nmero 1164, de 15 de novembro, pr internevincia do interventor municipal Praxedes da Silva Pitanga.

Em 1943, contudo, pr conta do decreto-lei Estadual nmero 520, o municpio voltou a chamar-se Misericrdia, denominao que permaneceu at o dia 07 de janeiro de 1949, quando, pelo Decreto Estadual 318, voltou definitivamente a ser Itaporanga, tambm por deciso de Prexedes Pitanga, Dez anos depois, por conta de lei votada pela Assemblia Legislativa e sancionada pelo ento governador Pedro Moreno Gondim, Itaporanga perdeu grande do seu territrio, que era um dos maiores do Estado, com a criao dos municpios de Pedra Branca, Curral Velho, Boa Ventura, Diamante, Serra Grande e So Jos do Caiana.

Situao Geogrfica

ituada na mesorregio do serto paraibano, Itaporanga possui uma rea de 481,8 quilmetros quadrados, limitando-se ao norte com os minicpios de Aguiar e Igaracy, ao sul com Diamante, Boa Ventura e Pedra Branca, ao leste com Pianc e Santana dos Garrotes e a oeste com So Jos do Caiana e Serra Grande. A sede do municpio est situada a 289 metros de altitude e


apresenta em relevo formado por superfcie elaborada em rochas cristalinas, dissecadas sob a forma de colinas alongadas, denominadas de Serras do Cantinho, Santa Rita, So Pedro e Saquinho e dos Serrotes de Tapuio, Lage Vermelha, Riacho e Cruzeiro. A bacia hidrogrfica formada pelos afluentes do Rio Pianc, uma das mais ricas do estado, e que oferece a Itaporanga uma situao mpar entre os municpios paraibanos, j que, apesar dos longos perodos de estiagem que se abate sobre a regio, a populao da cidad tem sempre gua potvel de excelente qualidade, e a perenidade do Rio oferece gua em abundncia para o consumo animal.

De clima tropical megotrmico e semi-rido, a temperatura mdia anual em Itaporanga elevada, oscilando entre 29 e 32 graus. As mximas no chegam aos 35, devido a ao refrescante dos ventos alsios. O regime de chuvas, quando o caso, ocorre de janeiro a maio, com maior concentrao entre fevereiro e abril. A sua vegetao formada, basicamente, por Pereiros, Imburanas, o Mufumbo, a Jurema Preta, o Marmeleiro, o Xique-Xique. O solo dispe de minerais bem desenvolvidos, de consistncia frivel e firme, moderados a bem drenados e susceptveis a eroso, apresentando cascalhos na superfcie.

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