Pesquisar 4t5j1b

Animais e Meio Ambiente

Endereos teis

sAnuncie

Bate Papo

HOME

Lixo Recicle Emprego Astronomia Desaparecidos Noticias Fale Conosco

Historia de Marab

Voltar

Anunciar no Ache Tudo e Regio certo que ser visto.

92 ANOS DE MARAB

1913 A 2005
CRONOLOGIA

1892 – Lutas sangrentas em Boa Vista do Tocantins (GO) levam vrias famlias a buscarem outros locais para viver.
1894 – Carlos Leito, com um grupo de seguidores, vem para as proximidades do rio Itacainas, onde pretende instalar um “Burgo Agrcola”.
1895 – O “Burgo Agrcola” instalado (05 de agosto de 1895).
1896 – Uma expedio parte do Burgo em busca dos campos gerais (campos naturais para a criao de gado) e descobre por acaso a presena do caucho (Castilloa ulei) na regio do Tocantins-Araguaia-Itacainas. Esta foi a primeira riqueza de Marab.
1897 – Na esteira da intensa migrao nordestina para a regio dos cauchais, Francisco Coelho da Silva chegou, de Graja (MA), ao Burgo.
1898 – Em 07 de junho, Francisco Coelho da Silva deixa o Burgo e se estabelece na juno do Tocantins/Itacainas, com um pequeno comrcio (Casa Marab), para negociar com extratores do caucho que subiam e desciam os rios.
1903 – A morte de Carlos Leito, a 03 de abril de 1903, assinala o fim do Burgo.
1904 – A sub-prefeitura do “Burgo do Itacainas”, transferida para o povoado Pontal, na poca com 1500 habitantes, com o nome de Marab. a primeira vez que esta denominao aparece em documento oficial.
1908 – Polticos locais fazem representao ao presidente do Estado do Gois, pedindo a anexao de Marab quele estado. O Governo do Par ao saber do fato expediu contingente policial ao local para garantir seus direitos, neste mesmo perodo, via Conceio do Araguaia, chega oriundo
de Gois a nomeao de agente fiscal de Marab, para o tenente-coronel Norberto da Silva Mello, ento ausente. O portador da nomeao, Srgio Prado, intimado pelo Dr. Francisco de Carvalho Nobre, que comandava o contigente policial, foi obrigado a entregar-lhe a nomeao. Atravs da lei de n 1.069, de 05 de novembro deste ano, foi instalada a Comarca do Araguaia, ficando Marab um Distrito Judicirio.
1913 – Atendendo reivindicao da comunidade marabaense o Governador do Par, Dr. Enas Martins, criou o municpio de Marab, atravs da Lei n 1.278, de 27 de fevereiro de 1913. No dia 05 de abril, foi instalado o municpio, sendo nomeado o Cap.Pedro Peres Fontenelle, como representante legal do Governador e serviram de secretrios Ten. Raymundo Nonnato Gaspar, prefeito em comisso e Manoel Gonalves de Castro. A Comisso istrativa composta pelo presidente Ten-Cel. Antnio da Rocha Maia, e os seguintes membros; Major Quirino Franco de Castro, Cap. Afro Sampaio, Cndido Raposo, Melchiades Peres Fontenelle e Joo Anastcio de Queiroz (como representante do Major Quirino Franco, ausente).
1914 – Marab torna-se Sede de Comarca (Decreto n. 3.057, de 27.02.1914);
- Em 27 de maro, instalao da Sede pelo seu primeiro juiz: Dr. Jos Elias Monteiro Lopes;
- O primeiro Intendente eleito, Cel. Antonio da Rocha Maia, toma posse em 15 de novembro.
1916 – Em 24 de junho, aporta em Marab o primeiro barco a motor “Pedrina”, do Sr. Alfredo Mono.
1920 – Este ano marca o incio da explorao da castanha em grande escala, coincidindo com a desvalorizao do caucho.
1921 – Eleito Intendente Joo Anastcio de Queiroz.
1922 – Pela Lei 2.116, de 3 de novembro foi declarado extinto o municpio de Araguaia.
1923 – Atravs da Lei 2.207, de 27 de outubro, Marab eleva-se categoria de cidade;
- O Decreto 3.947, de 29 de Dezembro incorpora o territrio do Araguaia ao municpio de Marab.
1925 –Em 21 de abril funda-se a Associao Marabaense de Letras, da qual participaram: Dr. Igncio de Souza Moitta, Dr. Francisco de Souza Ramos, Lauro Paredes, Arthur Guerra Guimares, Antonio Bastos Morbach, Arthur de Miranda Bastos, Dr. Joo Pontes de Carvalho, Manuel Domingues, Antonio de Arajo Sampaio, Afro Sampaio, Maria Salom de Carvalho, Joo Montano Pires, Alfredo Rodrigues de Mono e outros.
1926 – Registra-se a primeira grande cheia. A cidade toda destruda. Durante cerca de quatro meses, o povoado de Lago Vermelho (hoje Itupiranga) asilou a maioria da populao, acossada pelo flagelo, tendo servido provisoriamente de Sede da Comarca, por determinao do Juiz de Direito Dr. Souza Moittta, com aprovao do governo;
- No ribeiro Cameta, defronte ao povoado de Lago Vermelho, foi descoberto diamante, tendo sido a primeira pedra encontrada adquirida por 100$000 (Cem mil ris) pelo chefe poltico daquela povoao, Homero dos Santos e Souza, que a levou para Marab e mais tarde a ofereceu ao Dr. Deodoro de Mendona.
1927 – Marab a a ser o maior produtor de castanha da regio tocantina.
1929 – A cidade recebe iluminao, atravs de uma usina a lenha.
1931 – inaugurado o Mercado Municipal.
1935 – Em 17 de novembro inaugurado o aeroporto de Marab, com a chegada do primeiro avio, pilotado por Lysias Augusto Rodrigues. Na ano a cidade tinha apenas 460 casas e 1.500 habitantes fixos.
1947 – criado o municpio de Itupiranga, desmembrando-se de Marab as reas dos distritos de Itupiranga e Jacund.
1949 – Funda-se o Colgio Santa Terezinha, das irms Dominicanas.
1960 – A construo da rodovia Belm-Braslia traz novas possibilidades comerciais para Marab.
1961 – So criados os municpios de So Joo do Araguaia e de Jacund pela lei 2.460, de 29 de dezembro. Ambos foram desmembrados de Marab.
1966 – Iniciam-se as exploraes de minrios da Serra dos Carajs.
1969 – aberta a rodovia PA-70, que liga Marab Belm-Braslia.
1970 – Marab a a ser “rea de Segurana Nacional” at 1985.
1971 – Fica pronto o 1. trecho da Rodovia Transamaznica. O governo federal estabelece o Projeto Integrado de Colonizao (PIC) do INCRA, em Marab.
1972 – Inicia-se na regio o conflito armado conhecido como Guerrilha do Araguaia, que termina em 1975.
1973 – A construo da Hidreltrica de Tucuru tem incio, formando um lago de 2.460 km.
1980 – Marab atingida pela maior enchente de sua histria: o Rio Tocantins sobe 17,42 metros.
- descoberto o Garimpo de Serra Pelada.
1984 – Entra em funcionamento a Estrada de Ferro Carajs. No ano seguinte inicia-se o transporte de ageiros.
- criada a Casa da Cultura de Marab – 15/11.
1988 – So desmembrados de Marab os municpios de Curionpolis e Parauapebas. Inicia-se a instalao de indstrias siderrgicas em Marab, para produo de ferro-gusa.
1990 – A Lei Orgnica do municpio de Marab promulgada a 5 de abril.
1994 – O municpio de Marab ocupa uma rea de 11.243 km e tem uma populao de 140.000 habitantes (Fonte IBGE).
1998 – A populao de Marab de 157.884 habitantes (Fonte SICOM – D.S.E.M.M. Jul.98; p.3.
1999 – A partir desta data o municpio firma-se como sede de grandes eventos de repercusso nacional: Fecam, Ficam, Maraluar e Expoama.
2000 – A CMM a prova a nova redao da Lei Orgnica do municpio (LOM).
- Realiza-se o III Jogos dos Povos Indgenas – 15 a 21/10 na praia do Tucunar.
- O Prefeito Geraldo M. de Castro Veloso reeleito com 27.253 votos (45.28%).
2001 – realizado o FECAM das Artes no perodo de 22 a 27/07.
2002 – Morre o Prefeito Geraldo M. de Castro Veloso – 02/02.
– O Vice-Prefeito Sebastio Miranda Filho (PTB) empossado Prefeito de Marab – 06/02.
– inaugurada a “Aldeia da Cultura” – 07/09

2003 – Inaugurada a Orla do Tocantins - 31/12
2004 - O prefeito Tio Miranda eleito com 37.625 votos
- CMM reduz o seu quadro de parlamentares de 17 para 12 vereadores
- Novo Frum de Marab inaugurado – 05/11
- Casa da Cultura completa 20 anos – 15/11
- O Distrito Industrial de Marab–DIM chega a marca de 1.674.720t de ferro gusa.

ANTONIO MAIA E A CRIAO DE MARAB

Antonio da Rocha Maia nasceu a 13 de junho de 1878, em Carolina/MA. Conforme informa Lenidas Duarte, Antonio Maia era trineto ilegtimo de D. Pedro I: sua av paterna, Alzira, seria filha de D. Jos de Assis Mascarenhas, 5. Governador da Provncia de Gois e filho bastardo de D. Pedro I com Margarida Ernestina da Gama Souto.
Aos 18 anos, rfo de pai e me, Antonio Maia encontra-se em Baio, trabalhando com o comerciante Vtor Maravilha. Antonio acaba casando-se com D. Antonia Maravilha, filha do patro.
Em 1900 o casal muda-se para Marab e Antonio a a comercializar o caucho, com sucesso.
A partir de 1907, Antonio – j o “Coronel” (de patente comprada) Antonio Maia a a empenhar-se pela autonomia da regio de Marab, juntamente com outros homens, como Antonio Braga e Chaves, Antonio de Arajo Sampaio, Messias Jos de Souza, Melchiades Fontenelle e Srvulo Brito.

SURGE JOO PARSONDAS DE CARVALHO

Em 1908, o movimento emancipatrio desenvolvido em Marab levou o advogado provisionado Joo Parsondas de Carvalho a levar ao governo de Gois a proposta do povo de Marab e Conceio do Araguaia, de vincular-se quele Estado. Marab pertencia a Baio, que nenhuma assistncia podia dar regio.

O Governo goiano enviou nomeao a Norberto de Melo, para arrecadador de tributos. O governo do Par reagiu, criando o Municpio de S. Joo do Araguaia pela Lei n. 1.069 de 05/11/1908, e estabeleceu seus limites (Decreto 1588 de 04/02/1909). A mesma Lei 1.069 criou o Distrito Judicirio e Comarca do Araguaia. A Sede foi instalada em So Joo do Araguaia. Marab ou a pertencer ao novo Municpio como Distrito judicirio, contrariando o desejo de seus habitantes.

MAS A LUTA PROSSEGUIA

Em Marab a mobilizao continuou, iniciou-se a impresso de um jornal. O Itacainas (dirigido por Alfredo Rodrigues de Mono, Manoel Domingues e Librio Gonalves de Castro).
Uma comisso, presidida por Antonio Maia, formou-se para preparar um ante-projeto de lei de criao do Municpio de Marab.
Em 1912, o ante-projeto estava pronto, mas achou-se conveniente aguardar o ano seguinte, aps a eleio para governador.

AFINAL, A VITRIA

Em 1913, a comisso encarregou Pedro Peres Fontenelle de levar o projeto a Belm; apresentado pelo deputado Antonio Martins Pinheiro, o projeto foi do Cinqentenrio de Marab.
Antonio Maia foi nomeado, pelo governador, presidente da Comisso istrativa do novo municpio. Um ano depois, em 1914, Antonio Maia foi eleito Intendente Municipal (cargo que corresponde ao de Prefeito).

Como surgiu o nome da cidade

O poema abaixo, escrito por Gonalves Dias, inspirou Francisco Coelho, que denominou o seu armazm de aviamento, situado na confluncia dos rios Tocantins/Itacainas. O armazm, na verdade um grande barraco, servia aos pioneiros de todo tipo de secos e molhados. L, segundo a tradio, Coelho comprava o caucho coletado, andiroba, copaba, frutos da mata, caas diversas e, nos fundos mantinha um animado cabar, com a venda de bebibas e mulheres que ele mesmo mandava vir do Maranho.


MARAB

(Gonalves Dias)

Eu vivo sozinha; ningum me procura!
Acaso feitura no sou de Tup?

Se algum dentre os homens de mim no se esconde:
- “Tu s”, me responde,
“Tu s, Marab!”

Meus olhos so garos, so cor das Safiras,
Tm luz das estrelas, tm meigo brilhar;
Imitam as nuvens de um cu anilado,
As cores imitam das vagas do mar!


Se algum dos guerreiros no foge a meus os:
“Teus olhos so garos”,
Responde anojado, “mas s Marab:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Uns olhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, no cor d’anaj!

alvo meu rosto da alvura dos lrios,
Da cor das areias batidas do mar;
As aves mais brancas, as conchas mais puras
No tm mais alvura, no tm mais brilhar.
Se ainda me escuta meus agros delrios:
- “s alva de lrios”,
Sorrindo responde, “mas s Marab”:
“Quero antes um rosto de jambo corado,

Um rosto crestado
Do sol do deserto, no flor de caj”.

Meu colo de leve se encurva engraado,
Como hstea pendente do cactus em flor;
Mimosa, indolente, resvalo no prado,
Como um soluado suspiro de amor!

“Eu amo a estatura flexvel, ligeira,
Qual duma palmeira”,

Ento me respondem: “tu s Marab;”
“Quero antes o colo da ema orgulhosa,
Que pisa vaidosa,
Que as flreas campinas governa, onde est”.

Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
O oiro mas puro no tem seu fulgor;
As brisas nos bosques de os ver se enamoram,
De os ver to formosos como um beija-flor!

Mas eles respondem: “Teus longos cabelos,
So loiros, so belos,
Mas so anelados; tu s Marab:
Quero antes cabelos, bem lisos, corridos,
Cabelos compridos,
No cor d’oiro fino, nem cor d’anaj.”

E as doces palavras que eu tinha c dentro
A quem has direi?
O ramo d’accia na fronte de um homem

Jamais cingirei:

Jamais um guerreiro da minha arasia*
Me desprender:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marab!


*arasia: Ornamento usado na cinta, como uma fralda de penas, usado pelas donzelas



FUNDAO CASA DA CULTURA DE MARAB
“20 anos preservando nossa memria”
CNPJ: 22936439/0001-63
Folha 31, Quadra Especial, Lote 01 – Nova Marab
Caixa Postal 172 – Fone/Fax (94) 3322-2315, 3322-4176
CEP 68.508-970 – Marab – PA
E-mail: [email protected]

Fonte: Prefeitura Municipal


Opine pela inteligncia ( "PLANTE UMA RVORE NATIVA")

Conhea o Ache Tudo e Regio o portal de todos Brasileiros. Coloque este portal nos seus favoritos. Cultive o hbito de ler, temos diversidade de informaes teis ao seu dispor. Seja bem vindo , gostamos de suas crticas e sugestes, elas nos ajudam a melhorar a cada ano.

Copyright 1999 [Ache Tudo e Regio]. Todos os direitos reservado. Revisado em: 23 janeiro, 2020. No nos responsabilizamos pelo contedo expresso nas pginas de parceiros e ou anunciantes. (Privacidade e Segurana) Melhor visualizado em 1024x768