Comumente, de cores pouco
vistosas, alguns amarelados ou pardo-claros, com faixas negras, de cabea
grande, arredondada na frente, so capazes de grandes saltos quando colocados de
costas.
Espcies
Elaterdeos tm cor variante do castanho escuro ao marrom avermelhado. Na parte
anterior do trax, duas manchas que, quando apagadas, tm colorao alaranjada.
Usa-se achar que essas manchas so os olhos do pirilampo. Mas so suas
'lanternas'. Uma terceira lanterna fica no abdome e s entra em atividade quando
o inseto est voando. to desenvolvida que chega a emitir um facho de luz de
quase um metro de dimetro. Esses vaga-lumes costumam voar muito alto, acima da
copa das rvores. A luz que emitem contnua. Na lanterna torcica, a luz tem
uma tonalidade esverdeada. Na lanterna abdominal, amarelo-alaranjada. O ciclo
de vida dos elaterdeos longo: dois ou mais anos. Os adultos vivem somente no
vero, perodos em que se acasalam. Os ovos so postos em madeiras
semi-apodrecidas no interior das matas. Aps cerca de quinze dias, surgem as
primeiras larvas, que aro quase dois anos comendo outros insetos e
crescendo, at se transformarem nas pupas, que iro depois converter-se em
insetos adultos.
Fengoddeos As fmeas sempre tm aspecto larvar. So comumente conhecidas como
bondinho eltrico ou trem de ferro. Algumas espcies de fengoddeos emitem luz
vermelha, na regio da cabea, e esverdeada no corpo. Outras emitem luz
esverdeada em todo corpo. Os machos, alados, tm pontinhos luminosos em posio
e nmero variveis, todos no abdome. Sabe-se que as larvas gostam de comer
gongolos, o popular piolho-de-cobra.E so muito vorazes; sugam toda a parte
mole do corpo do bicho, dispensando as partes duras. Emitem luz contnua e vivem
no cho, procura de suas presas.
Lampirdeos tm ciclo biolgico longo. Variam muito de cor, do castanho-claro ou
escuro ao castanho-amarelado ou avermelhado. As lanternas ficam no ventre e
variam de tamanho e disposio. Emitem luz esverdeada intermitente durante as
poucas horas do entardecer. Habitam matas, campos e cerrados, preferindo os
lugares midos e alagadios como os brejos. Adultos e larvas alimentam-se com
freqncia de caramujos. Em algumas espcies as fmeas tambm tm aspecto de
larvas, que emitem sua luz por rgos luminescentes situados no abdome.
A fosforescncia decorre-lhes de uma reao entre um fermento e outras
substncias qumicas. Suas emisses luminosas devem-se a uma substncia que ao
entrar em contato com o ambiente oxidada e produz uma molcula energizada que,
por sua vez, produz a luz. A enzima luciferase atua sobre o substrato (luciferina),
catalizando a sua oxidao, e, assim, estimulando a emisso da luz.
Esse , pois, o fenmeno denominado bioluminescncia, caracterstico dos
vaga-lumes.
Nomes
O nome parilampo tem origem no grego, pyris (pyros)=calor, lampis= Luz. J
vaga-lume, certamente, de origem popular, a referir tanto a natureza luminosa
quanto a, por assim dizer, vagante, do inseto. Contudo, tambm so conhecidos
pelos nomes: lampride, lamprio, lampiro, lumeeira, lumeeiro, mosca-de-fogo,
pirfora, salta-martim. Desses sinnimos, vrios so brasileiros, alguns de
origem lusitana. |